Vice-presidente da Anoreg-BR conclama cartórios da PB a se habilitarem a Prêmio de Qualidade Total

Com o apoio do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a Associação dos Notários e Registradores do Brasil (Anoreg-BR) lançou a 15ª edição do Prêmio de Qualidade Total (PQTA 2019).

“O Prêmio foi uma iniciativa que visou, basicamente, o aprimoramento e o desenvolvimento das técnicas utilizadas nos cartórios”, lembra o vice-presidente da Anoreg Brasil e presidente da Anoreg-PB, Germano Carvalho Toscano de Brito.

Ele está conclamando os tabeliães da Paraíba a se habilitarem ao Prêmio de Qualidade Total (PQTA-2019) para o bem do seu próprio serviço e o desenvolvimento tecnológico de sua atividade. “Se quiserem transformar o serviço de vocês em um serviço de ouro e diamante, a grande oportunidade é o PQTA”, alerta.

Nesta edição, o Prêmio de Qualidade Total Anoreg/BR reconhecerá as melhores práticas no requisito Gestão da Inovação para a Premiação Destaque 2019. Independente da premiação central, a condecoração é uma iniciativa da comissão organizadora do certame no intuito de evidenciar o cartório com as melhores ações em um determinado requisito.

Premiação destaque

“Nos últimos anos, o PQTA vem conferindo Premiação Destaque para os cartórios que demonstrem a adoção de práticas inovadoras em determinado requisito. Neste ano, o Prêmio Destaque será para Gestão da Inovação”, explica a diretora de qualidade da Anoreg/BR e coordenadora do PQTA, Maria Aparecida Bianchin Pacheco.

Segundo o regulamento do PQTA 2019, o requisito Gestão da Inovação irá avaliar a eficiência da serventia – conjugação de rapidez, qualidade e efetividade na prestação dos serviços; o ineditismo – conjugação de simplicidade, criatividade e praticidade, com uso inusitado dos recursos disponíveis para melhorar e/ou aperfeiçoar o processo de gestão, implementação e no desenvolvimento dos serviços; e o efeito multiplicador – conjugação da capacidade de disseminar uma boa prática que proporcione impacto positivo para a classe notarial e registral na sociedade. A boa prática deve ter como destinatário o usuário externo e seu grau de satisfação.

Sobre o PQTA

Instituído em 2005, o PQTA busca fomentar entre notários e registradores a ideia de que um atendimento de qualidade e uma gestão eficiente são essenciais não apenas para a melhoria do ambiente de trabalho de notários e registradores, mas também, como forma de aumentar a satisfação dos usuários e gerar bons frutos para o setor.

A 14ª edição do Prêmio – entregue em novembro de 2018 – bateu recorde no número de inscritos: foram 201 cartórios de 24 estados brasileiros, além do Distrito Federal – um aumento de 55% em relação a 2017. No comparativo entre as últimas sete edições, os números são ainda mais significantes: de 2012 a 2018 houve um crescimento de mais de 300% no número de inscritos: de 43 para 201 cartórios.

Recorde em número de premiados

O PQTA 2018 também bateu recorde no número de premiados, com 181 cartórios sendo reconhecidos. Com 36 unidades, o Estado de São Paulo foi o recordista de serventias premiadas, ganhando ainda o destaque de Estado com o maior número de inscritos. Na sequência, vieram os Estados de Goiás, com 27 representantes, Mato Grosso, com 26 serventias ganhadoras, e Santa Catarina, com 16.

As inscrições para a 15ª edição do Prêmio de Qualidade Total Anoreg/BR se encerrarão às 18h do próximo dia 14 de junho. A cerimônia de entrega da premiação será realizada durante o XXI Congresso Brasileiro de Direito Notarial e de Registro, que será realizado entre os dias 27 e 29 de novembro na cidade de Aracaju, em Sergipe.

Encontro com tabeliães e notários de todo o Estado

O Instituto de Estudos de Protesto de Títulos do Brasil, Seção Paraíba, reuniu tabeliães e notários de todo o Estado na última sexta-feira (10), no auditório da Anoreg-PB, no Centro de João Pessoa, para apresentar a Central Nacional do Protesto (Cenprot), criada por lei federal.

De acordo com o tabelião substituto Vinicius Toscano de Brito a lei torna obrigatória a inclusão de todos os tabeliães de protesto e notários na Cenprot, “onde será desenvolvido o registro de duplicatas eletrônicas, o recebimento dos títulos de protesto e onde será solucionado o cancelamento de protestos, tudo de forma eletrônica”.

Segundo ele, uma lei federal dita expressamente as competências atribuídas à Cenprot. “Antes, os cartórios faziam isso por exigência do mercado. Agora, a própria lei federal estabelece normas para a execução dos serviços por meio de uma Central. Isso vai facilitar muito a vida dos cartórios e dos usuários. A Central estabelece que as pessoas tenham acesso direto aos cartórios de forma automatizada e centralizada”, declarou ele.

O tabelião substituto disse que o objetivo do encontro promovido pelo IETPB-PB foi levar o entendimento aos tabeliães de protesto sobre a lei federal que contempla o setor. A Lei torna obrigatória a inclusão de todos os notários na Cenprot, de forma eletrônica. A lei à qual Vinicius se refere é a de número 13.775, que autoriza a emissão de duplicata sob a forma escritural e a alteração na lei 9.492, com a inclusão do artigo 41-A, que prevê que os “tabeliães poderão adotar, independentemente de autorização, sistemas de computação, microfilmagem, gravação eletrônica de imagem e quaisquer outros meios de reprodução”.

Palestra

Gestor de Tecnologia do Instituto de Protesto de Títulos do Brasil, Luiz Paulo Souto Caldo proferiu palestra sexta-feira (10), em João Pessoa, sobre o tema. A palestra foi proferida no auditório Anoreg-PB. De acordo com Luiz Paulo Souto Caldo, o efeito da Central de Registro de Duplicatas não será sentido a curto prazo em virtude das dificuldades que a sociedade terá para se acostumar com a novidade.

“Vai demorar um pouco para que a sociedade se acostume a escriturar suas duplicatas, saia do meio físico e passe a utilizar o meio digital. Mas isso, a médio e longo prazos, vai fomentar o aumento do volume de protestos dos cartórios dos títulos apontados”, assegurou o palestrante.

Marco histórico

A Central de Protesto (Cenprot), segundo ele, é um marco que transforma os cartórios de protesto numa especialidade 100% digital, pronta para atender às demandas da geração milênio que está vindo. “Com a inclusão do artigo 41-A na Lei 9.492, passamos a ter todos os nossos serviços de maneira online disponíveis para a sociedade. O cidadão consegue utilizar os cartórios de protesto a qualquer momento, sem ter que ir até ele, que poderá resolver tudo sem sair de casa, por meio da internet”, explicou.

Pela redação da 41-A, conforme Luiz Paulo, existirá apenas a Central Nacional (Cenprot). O IEPTB-BR, lembra ele, já a estruturou. “Cabe aos cartórios fazerem a adesão”, frisou, acrescentando que a Central “não é o fim, mas o meio” e o Instituto BR dará todo o suporte em hardware e software.

Anoreg-PB, Arpen-PB e DPE–PB cultivam “Cidadania nos estabelecimentos penais”

O presidente da Anoreg-PB, Germano Toscano de Brito destacou a importância do alcance social do projeto itinerante “Cidadania nos estabelecimentos penais”, que prevê a retirada de documentos por apenados em presídios do Estado da Paraíba. O projeto, segundo tabelião, é desenvolvido pela Defensoria Pública da Paraíba, com o apoio da Associação dos Notários e Registradores da Paraíba (Anoreg-PB) e da Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Estado da Paraíba (Arpen-PB).
O projeto visa facilitar a resolução de direitos de homens e mulheres que cumprem penas nos presídios da Paraíba e que não têm qualquer documento, principalmente a certidão de nascimento, que é obrigatória. Segundo Germano Toscano, muitas pessoas foram presas, cumpriram e ainda não deixaram o presídio, por falta de documentos. Segundo ele, outros estão terminando de cumprir suas penas e, por não possuírem suas certidões de nascimento (permanecem presos) o que dificulta o trabalho da Defensoria Pública, praticamente impossibilitando-a de requerer os direitos dessas pessoas”.
“Às vezes, muitos presos estão com as penas cumpridas, outras vezes têm a possibilidade de redução de pena para sair da prisão, mas não saem porque não têm documentos como uma simples certidão de nascimento”, comentou. Para ele, o simples fato de um presidiário que está terminando sua pena obter a certidão de nascimento provoca um alcance social importante, que resulta na redução da população carcerária, proporcionando o benefício que colocará aquele cidadão de volta no seio da sociedade.
Por isso, conforme Germano Toscano de Brito,a Anoreg-PB, a Arpen-PB e a Defensoria Pública da Paraíba estão empenhados no sentido de facilitar a vida dos presidiários, de forma que eles consigam ter acesso à certidão de nascimento. A emissão é gratuita.
Ele esclareceu que, muitas vezes, o trabalho da Anoreg-PB consiste em descobrir em que cartório determinado preso foi registrado e se realmente foi. “Isto porque há casos de presos que nunca foram registrados”, frisou, acrescentando que os presos em fim de pena ou prestes a deixar o presídio, precisam ser reinseridos no sistema e na sociedade. “E o registro civil é obrigatório”. No caso do registro tardio daquelas pessoas que nunca foram registradas, há a necessidade da participação do Poder Judiciário.

 

Tecnologia nos cartórios: Paraíba se prepara para implantar o “e-notariado”

O Conselho Federal do Colégio Notarial do Brasil lançou no último dia 9, um sistema digital denominado “e-notariado” que tem por finalidade a modernização dos cartórios de todo o País por meio da tecnologia da informação. “Trata-se de um sistema digital desenvolvido para que os notários e a população tenham acesso a atos notariais de maneira unicamente eletrônica”, disse o tabelião substituto, Vinícius Toscano de Brito.
Hoje, segundo ele, ainda não é possível ter atos notariais 100% eletrônicos nos cartórios por falta de sistemas e de regulamentação. “O colégio Notarial do Brasil, por meio do seu Conselho Federal, está dando o primeiro passo, que é criar o sistema e a regulamentação”, assegurou, frisando que o sistema foi criado em parceria com o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), a maior empresa pública de tecnologia do Brasil. A parceria com o Serpro, conforme Vinícius Toscano de Brito, vai possibilitar que atos notariais sejam realizados de maneira 100% eletrônica.
Facilidades
Esse processamento dos atos eletrônicos, de acordo com o tabelião substituto, vai facilitar a vida da população. “Estamos em um processo tão rápido de desenvolvimento tecnológico, que, nos próximos anos, será mais útil para a sociedade que os atos tenham a confiabilidade do tabelião, a confiabilidade do sistema notarial e que sejam 100% eletrônicos”, frisou ele, acrescentando que, com a implantação do processo tecnológico nos cartórios, as pessoas podem realizar atos notariais em qualquer lugar onde estejam, sem precisar ir a um cartório.
“Você escolhe o cartório pela confiabilidade que ele tem em checar a sua documentação. Então, você pode realizar em casa os atos que lhe interessam. Isso proporciona economia de tempo e dinheiro, além da segurança jurídica que permanece, porque o notário continuará envolvido no processo”, declarou.
Segundo ele, escrituras e procurações serão feitas rápida e brevemente pelo sistema “e-notariado”. “O reconhecimento de firma, por exemplo, não mais existirá do ponto de vista físico (assinatura), mas o notário vai dar a chancela de que aquela assinatura (eletrônica) pertence a determinada pessoa. O avanço tecnológico existe, mas a preocupação da sociedade é que ele não esbarre na falta de segurança jurídica. O e-notariado vai avançando junto para que essa segurança jurídica esteja presente”, finalizou o tabelião substituto.

 

Frente Parlamentar da Justiça Notarial defenderá a segurança jurídica em processos de desjudicialização

O presidente da Anoreg-PB, Germano Toscano de Brito destacou como bastante positiva e de grande serventia para a sociedade brasileira a criação da Frente Parlamentar da Justiça Notarial e Registral do Brasil, com a finalidade de defender a garantia da segurança jurídica imediata aos processos de desjudicialização dos procedimentos que funcionam no âmbito do Poder Judiciário.
“A Frente Parlamentar foi lançada na Câmara dos Deputados, na primeira semana de abril, com as assinaturas de algumas centenas de parlamentares, com o objetivo fomentar, de pronto, processos de desjudicialização dos procedimentos, trazendo muito desses processos para dentro da segurança jurídica do corpo notarial e de registro”, disse o tabelião.
Segundo ele, o processo notarial e de registro avança com a tecnologia e traz a possibilidade de processos, hoje morosos na Justiça, serem feitos pelos serviços notariais e de registro com grande rapidez. Germano destacou o envolvimento do deputado federal Rogério Peninha (MDB-SC), na criação da Frente, que teve o apoio de centenas de deputados federais de todo o País.
De acordo com o tabelião, cada vez mais, algumas normas são criadas para garantir segurança jurídica aos processos. “Um grande case de sucesso está relacionado aos divórcios e inventários extrajudiciais”, lembrou. Nesse contexto, ele lembrou que desde 2007, os divórcios e inventários podem ser feitos em cartórios.
E acrescentou: “Eles (os divórcios e inventários) saíram da esfera do Poder Judiciário e, hoje, são feitos em até uma semana”. Os cartórios também podem fazer cobrança de dívidas públicas, antes da competência do Judiciário. “Esses processos têm o intuito da desjudicialização para facilitar a vida do cidadão”, frisou.
A Frente Parlamentar foi criada por iniciativa do deputado federal Rogério Peninha e instalada no último dia 9, na Câmara, em Brasília. Tabeliães e registradores de todo o País participaram do lançamento, que teve o apoio das entidades que representam a categoria em todo o País. A Paraíba foi representada pelo presidente da Associação dos Notários e Registradores (Anoreg-PB) e vice-presidente da Anoreg Brasil, Germano Toscano de Brito.

Cartórios de Registro Civil das Pessoas Naturais agora são Ofícios da Cidadania

O Supremo Tribunal Federal (STF) julgou constitucional a lei que cria os “Ofícios de Cidadania”. Tais ofícios estão previstos lei 13.484/2017, que ampliou uma Medida Provisória, que facultava o registro de uma criança no domicilio da mãe e autorizava os Registros Civis das Pessoas Naturais a funcionar como Ofícios da Cidadania.
Para o tabelião substituto Vinícius Toscano de Brito, a criação dos Ofícios da Cidadania nos Cartórios de Registro Civil, facilitará a emissão de documentos em todo o País, beneficiando, principalmente, as pessoas mais carentes da sociedade. “Antes, os pais eram obrigados a registrar seus filhos nas maternidades onde nasciam”, comentou Vinícius Toscano de Brito.
“Mas o Congresso Nacional entendeu de aumentar a desjudicialização e proporcionar um leque maior de opções para que o mesmo registrador civil possa celebrar convênios com os governos federal, estaduais e municipais para realizar atos próprios do governo em suas dependências”, acrescentou.
Ele lembrou que a eficácia da lei foi suspensa e, agora, o Supremo decidiu que ela é constitucional. “Os registradores civis, agora, estão autorizados por lei, e pelo próprio Supremo, a realizar convênios com os órgãos públicos para que documentos de identidade sejam fornecidos pelos cartórios de registro civil”, reforçou o tabelião substituto.
Os Ofícios da Cidadania, segundo ele, darão a possibilidade para que documentos ou outras atividades próprias de órgãos públicos sejam prestadas por meio de convênios com registradores civis de pessoas naturais.

Informações dos cartórios ao Coaf serão de extrema importância para a sociedade, diz tabelião substituto

Ato que está sendo elaborado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) determinará que os cartórios de todo o País prestem informações ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras. O ato permitirá consulta pública e estabelecerá normas para que os cartórios extrajudiciais possam criar mecanismos para ajudar na execução da lei 12.683, que alterou a lei 9.613 de 1998, que criou o Coaf.
O intuito será assegurar a transparência nos atos produzidos em cartórios para comprovar, por exemplo, que determinada pessoa (física ou jurídica) não esteja envolvida em esquemas de lavagem de dinheiro.
O ato do CNJ regulamentará as duas leis para que os cartórios forneçam informações ao Coaf em relação aos atos suspeitos de lavagem de dinheiro e prática de terrorismo, em casos mais extremos. As informações são do tabelião substituto Vinícius Toscano de Brito. Quais são as operações que os cartórios praticam e que seriam alvo dessas investigações? A esta indagação, ele respondeu que, na parte de notas, seriam as escrituras, dando como exemplo as vendas de imóveis por valores diferentes aos valores de mercado.
“Isso poderia estar gerando uma lavagem de dinheiro”, disse. Também citou escrituras de empréstimos e registro de contratos de empréstimos entre pessoas jurídicas e pessoas físicas, ou entre duas pessoas físicas “que pudessem estar criando uma lavagem de dinheiro, ou encobrindo a chegada do dinheiro a alguém”. Isso tudo feito por meio de contratos lícitos.
Com o ato do CNJ, segundo Vinícius Toscano de Brito, os cartórios passarão a ter a obrigação de informar ao Coaf todas as transações envolvendo escrituras. “Mas isso será muito subjetivo porque passa a ter o olhar do registrador público, ou do tabelião, para verificar se os atos se enquadrariam ou não como lavagem de dinheiro”, frisou.
Transparência
Sobre transparência dos atos, em que há fiscalização da Corregedoria de Justiça do Tribunal de Justiça do Estado, ele disse: “A corregedoria verifica os atos dos cartórios por meios de correições periódicas e extraordinárias para ver se o ato está perfeito. O ato sempre estará perfeito, sendo feito por um notário. Mas a questão é a seguinte: o que está por trás daquele ato”.
Ele citou a Operação Lava Jato, em que se comprovou que muitas vezes foram usados meios lícitos para a ocultação de patrimônio, para transferência de dinheiro entre pessoas jurídicas e físicas e pessoas físicas. “É nisso que os notários e registradores ficarão de olho”, completou.
A proposta do CNJ, conforme Vinícius Toscano de Brito, é de extrema importância para a sociedade. Segundo ele, muitas pessoas acham que o serviço notarial e de registro é burocrático, mas não é. “O serviço proporciona segurança jurídica. O cuidado que o notário vai ter a partir da normatização do CNJ, será dobrado. Além da segurança jurídica entre as partes, a norma trará segurança para a sociedade, de forma que os atos legais não sejam praticados para o desvio de dinheiro público, por exemplo”, finalizou.
O que é o Coaf
O Coaf, segundo o Ministério da Economia, tem como missão produzir inteligência financeira e promover a proteção dos setores econômicos contra a lavagem de dinheiro e o financiamento do terrorismo. Recebe, examina e identifica ocorrências suspeitas de atividade ilícita e comunica às autoridades competentes para instauração de procedimentos. Além disso, o Coaf coordena a troca de informações para viabilizar ações rápidas e eficientes no combate à ocultação ou dissimulação de bens, direitos e valores. E aplica penas administrativas nos setores econômicos para os quais não exista órgão regulador ou fiscalizador próprio.

Câmara Federal instala Frente Parlamentar em da Justiça Notarial e Registral

 

Por iniciativa do deputado federal Rogério Peninha (MDB-SC), a Câmara Federal instala, terça-feira (9), a Frente Parlamentar da Justiça Notarial e Registral do Brasil. A ideia é que a Frente Parlamentar defenda a causa dos cartórios de todo o país, segundo o deputado catarinense, que postou vídeo nas redes sociais convidando os tabeliães e registradores de todo o País para se fazerem presentes durante o lançamento, que tem apoio das entidades que representam a categoria dos tabeliães.
O evento está marcado para às 16h, no Salão Nobre da Câmara dos Deputados, em Brasília. Para o deputado federal Rogério Peninha, “cartório é sinônimo de cidadania, é sinônimo de segurança jurídica, é sinônimo de justiça preventiva”. Para o deputado federal Efraim Filho (DEM-PB), a Frente Parlamentar será um ambiente de integração para discutir a agenda legislativa “de um setor que é importantíssimo para o nosso país e nossa sociedade”.
A Paraíba será representada pelo presidente da Associação dos Notários e Registradores (Anoreg-PB) e vice-presidente da Anoreg Brasil, Germano Toscano de Brito. Ele participará em Brasília das articulações em busca do apoio e da adesão de outros parlamentares da bancada federal da Paraíba à Frente Parlamentar.

 

Paraíba terá Central de Registro de Imóveis

 

A Paraíba ganhará, brevemente, uma unidade da Central de Registro de Imóveis, que já funciona em vários Estados do País. Segundo o tabelião substituto Vinícius Toscano de Brito, a Associação dos Notários e Registradores do Brasil (Anoreg-BR) está firmando convênio com a Anoreg do Distrito Federal para implantar a Central da Paraíba. “Creio que ainda neste primeiro semestre, a Central deverá estar implantada na Paraíba”, previu Vinícius.

A Central, segundo ele, terá como objetivo a intermediação dos procedimentos eletrônicos, como notificações de inadimplentes de operações de crédito e a intermediação de traslados de escrituras de grandes consumidores dessa ferramenta, que geram muitos contratos, a exemplo da Caixa Econômica Federal. “Esses contratos podem ser enviados eletronicamente para os cartórios de registro de imóveis, diminuindo o tempo de análise do cartório”, destacou.

O mais importante em relação à Central de Registro de Imóveis, destaca Vinícius Toscano de Brito, será a parte relacionada à busca de certidões e de matrículas, bem como a questão judiciária. “A partir da implantação da Central, os juízes poderão dar buscas nos imóveis para estabelecer penhoras online e gravar os bens de réus condenados por crimes financeiros. Tudo isso ajuda a população e o Poder Judiciário, de maneira geral”, declarou.

Avanço tecnológico

“A Central vem com o objetivo de economizar tempo e dinheiro em função do avanço tecnológico”, observou, frisando que a Central surge com o objetivo de ser mais uma ferramenta para ser usufruída pela população sem precisar sair de casa. O sistema de centrais, segundo ele, foi criado por lei e tem sido desenvolvido paulatinamente, dependendo da complexidade de cada ato.

“Os cartórios de protesto já trabalham no sistema de centrais. São as Centrais de Remessa de Arquivos (CRA’s). Hoje, o credor não envia mais papel nenhum para o cartório de protesto para cobrar uma dívida. Tudo é feito eletronicamente. O devedor não precisa mais sequer ir ao cartório para pagar um título. Imprime um boleto em casa e paga diretamente no internet banking”, declarou Vinícius Toscano de Brito.

Para ele, “são formas que vão melhorando a atividade de registros para a população”. As Centrais de Títulos de Documento funcionam no endereço www.rtdbrasil.org.br. “E fazem a comunicação entre os clientes e os cartórios de registros para envio de notificações extrajudiciais e contratos, com movimentação zero de papel”, acrescentou. De acordo com o tabelião substituto, os serviços notariais e de registro têm sido demandados no sentido de que deixem a natureza do papel e passem a trabalhar na área eletrônica, “o que já é comum”.

O cadastro positivo aprovado pelo Senado trará benefícios aos brasileiros ?

O cadastro positivo aprovado pelo Senado trará benefícios aos brasileiros ? Há quem aposte que não

Sob a alegação de que as instituições financeiras reduzirão as elevadas e extorsivas taxas de juros cobradas aos consumidores brasileiros, o Senado aprovou recentemente o chamado “cadastro positivo”, criado em 2011 para ser um banco de dados de bons pagadores. A ideia é que o cadastro positivo se contraponha aos cadastros negativos da Serasa e do SPC, que registram os maus pagadores.
Mas será mesmo que o chamado cadastro positivo vai mesmo diminuir os altos juros, como pensam alguns senadores? O senador Eduardo Braga (MDB-AM), por exemplo, acredita que as mudanças darão ao Banco Central mecanismos para a redução das taxas de juros.
“Os micro e pequenos empresários do país não aguentam mais pagar taxas de juros altas”, disse Eduardo Braga, confiante que que o atual cenário financeiro de elevadas taxas de juros será modificado com o cadastro positivo.
Cenário de desconfiança
Mas outros senadores desconfiam de que nada mudará por conta do projeto que está na mesa do presidente Jair Bolsonaro para ser sancionado. Para o senador Oriovisto Guimarães (Pode-PR), os brasileiros não devem ter “grandes ilusões” de que os juros vão diminuir nos próximos meses, caso o projeto seja sancionado.
Segundo ele, as altas taxas de juros praticadas no Brasil têm “causas mais profundas”, principalmente relacionadas ao descontrole das finanças públicas. “Não nos iludamos. É preciso combater o déficit público, se quisermos juros baixos”, declarou.
Sem ilusão
A mesma opinião tem o senador paraibano Veneziano Vital do Rêgo (PSB). Ele também afirmou que “não vai se iludir” em relação ao cadastro positivo e disse duvidar que os juros cobrados dos cidadãos serão diminuídos. “As instituições financeiras já têm seus próprios cadastros e os juros continuam altos”, frisou Veneziano.
O senador Weverton Rocha Marques de Sousa (PDT) se diz receoso desse montante de informações sobre os clientes, pagadores e cidadãos irem para as mãos das instituições financeiras. Esse tipo de informação, com dados pessoais e de compras e pagamentos de pessoas, segundo Weverton, tem um valor inestimável no mundo atual.
Perguntas que não querem calar
Ele lembra que o cadastro positivo existe desde 2011 e tem hoje 7 milhões de inscritos. “Qual desses 7 milhões tiveram benefícios por serem bons pagadores?”, indagou. A mesma pergunta foi feita pelo senador Vanderlan Cardoso (PP-GO). “Sete milhões de brasileiros já estão no cadastro positivo. E o que resolveu? Nada.”, assegurou.
O senador Esperidião Amim (PP-SC) também afirmou que o aperfeiçoamento do cadastro positivo não vai resolver a questão dos altos juros brasileiros. O senador Jayme Campos (DEM-MT) disse que apenas os cinco grandes bancos brasileiros detêm mais de 80% das movimentações do país. Ele afirmou que mais de 60 milhões de brasileiros têm seus nomes em cadastros negativos de pagamento e que os juros altos estão quebrando pequenos e médios empresários.
O advogado Marco Aurélio de Carvalho, sócio e fundador da Celso Cordeiro & Marco Aurélio de Carvalho, em São Paulo, tem o mesmo entendimento dos senadores Veneziano Vital do Rêgo, Vanderlan Cardoso, Esperidião Amin, Weverton Rocha e Oriovisto Guimarães, entre outros.
Segundo ele, “continua sem resposta convincente a pergunta: por que, até hoje, os milhões de brasileiros que aderiram ao cadastro não tiveram este ganho?”. Marco Aurélio de Carvalho aborda a questão em artigo publicado no jornal digital “Poder360”. Ele cita observações feitas por Claudio Considera, ex-secretário nacional de Acompanhamento Econômico, professor da Universidade Federal Fluminense e ex-presidente do conselho da Proteste Associação de Consumidores, por ocasião do exame da matéria pelo Congresso Nacional.
Consequências perniciosas
Conforme Marco Aurélio de Carvalho, Considera alfinetou o projeto aprovado pelo Senado dizendo: “Na verdade, o que as instituições financeiras querem é zerar o risco de calote sem oferecer nada em troca. Além disso, a obrigatoriedade de fazer parte desse banco de dados de bons pagadores ferirá o Código de Defesa do Consumidor (CDC)”.
De acordo com a análise do advogado Marco Aurélio de Carvalho, a exposição de dados do consumidor, de forma obrigatória, é de fato outra consequência perniciosa do Cadastro Positivo nestes tempos onde dados “são o novo capital do século 21”. Segundo ele, o especialista Ronaldo Lemos, da Universidade de Columbia, diretor do Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio de Janeiro, corrobora tal entendimento com lúcida reflexão.
Exposição de dados sem consentimento
“O projeto vai tornar ainda mais crítica a ausência de proteção aos dados pessoais no Brasil. Em outras palavras, vai expor os dados da maioria dos consumidores, que poderão ser usados – sem seu consentimento – contra seus próprios interesses”, escreveu Ronaldo Lemos para o jornal digital Poder360.
Para Marco Aurélio de Carvalho, “é crucial rever os prejuízos do cadastro positivo ao direito à privacidade, impedir a quebra de sigilo bancário e ficar atento ao monumental favorecimento a empresas que poderão fazer fortuna, às custas dos consumidores, ao se apropriarem das informações de 209 milhões de brasileiros”.
“Resta-nos, apenas, torcer para que mais um estelionato eleitoral seja evitado. E para tanto, o caminho é relativamente simples… basta que o atual presidente vete a matéria, ficando ao lado dos consumidores como o fez ainda enquanto era deputado federal”, defende o advogado.