Anoreg-PB, Arpen-PB e DPE–PB cultivam “Cidadania nos estabelecimentos penais”

O presidente da Anoreg-PB, Germano Toscano de Brito destacou a importância do alcance social do projeto itinerante “Cidadania nos estabelecimentos penais”, que prevê a retirada de documentos por apenados em presídios do Estado da Paraíba. O projeto, segundo tabelião, é desenvolvido pela Defensoria Pública da Paraíba, com o apoio da Associação dos Notários e Registradores da Paraíba (Anoreg-PB) e da Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Estado da Paraíba (Arpen-PB).
O projeto visa facilitar a resolução de direitos de homens e mulheres que cumprem penas nos presídios da Paraíba e que não têm qualquer documento, principalmente a certidão de nascimento, que é obrigatória. Segundo Germano Toscano, muitas pessoas foram presas, cumpriram e ainda não deixaram o presídio, por falta de documentos. Segundo ele, outros estão terminando de cumprir suas penas e, por não possuírem suas certidões de nascimento (permanecem presos) o que dificulta o trabalho da Defensoria Pública, praticamente impossibilitando-a de requerer os direitos dessas pessoas”.
“Às vezes, muitos presos estão com as penas cumpridas, outras vezes têm a possibilidade de redução de pena para sair da prisão, mas não saem porque não têm documentos como uma simples certidão de nascimento”, comentou. Para ele, o simples fato de um presidiário que está terminando sua pena obter a certidão de nascimento provoca um alcance social importante, que resulta na redução da população carcerária, proporcionando o benefício que colocará aquele cidadão de volta no seio da sociedade.
Por isso, conforme Germano Toscano de Brito,a Anoreg-PB, a Arpen-PB e a Defensoria Pública da Paraíba estão empenhados no sentido de facilitar a vida dos presidiários, de forma que eles consigam ter acesso à certidão de nascimento. A emissão é gratuita.
Ele esclareceu que, muitas vezes, o trabalho da Anoreg-PB consiste em descobrir em que cartório determinado preso foi registrado e se realmente foi. “Isto porque há casos de presos que nunca foram registrados”, frisou, acrescentando que os presos em fim de pena ou prestes a deixar o presídio, precisam ser reinseridos no sistema e na sociedade. “E o registro civil é obrigatório”. No caso do registro tardio daquelas pessoas que nunca foram registradas, há a necessidade da participação do Poder Judiciário.

 

Tecnologia nos cartórios: Paraíba se prepara para implantar o “e-notariado”

O Conselho Federal do Colégio Notarial do Brasil lançou no último dia 9, um sistema digital denominado “e-notariado” que tem por finalidade a modernização dos cartórios de todo o País por meio da tecnologia da informação. “Trata-se de um sistema digital desenvolvido para que os notários e a população tenham acesso a atos notariais de maneira unicamente eletrônica”, disse o tabelião substituto, Vinícius Toscano de Brito.
Hoje, segundo ele, ainda não é possível ter atos notariais 100% eletrônicos nos cartórios por falta de sistemas e de regulamentação. “O colégio Notarial do Brasil, por meio do seu Conselho Federal, está dando o primeiro passo, que é criar o sistema e a regulamentação”, assegurou, frisando que o sistema foi criado em parceria com o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), a maior empresa pública de tecnologia do Brasil. A parceria com o Serpro, conforme Vinícius Toscano de Brito, vai possibilitar que atos notariais sejam realizados de maneira 100% eletrônica.
Facilidades
Esse processamento dos atos eletrônicos, de acordo com o tabelião substituto, vai facilitar a vida da população. “Estamos em um processo tão rápido de desenvolvimento tecnológico, que, nos próximos anos, será mais útil para a sociedade que os atos tenham a confiabilidade do tabelião, a confiabilidade do sistema notarial e que sejam 100% eletrônicos”, frisou ele, acrescentando que, com a implantação do processo tecnológico nos cartórios, as pessoas podem realizar atos notariais em qualquer lugar onde estejam, sem precisar ir a um cartório.
“Você escolhe o cartório pela confiabilidade que ele tem em checar a sua documentação. Então, você pode realizar em casa os atos que lhe interessam. Isso proporciona economia de tempo e dinheiro, além da segurança jurídica que permanece, porque o notário continuará envolvido no processo”, declarou.
Segundo ele, escrituras e procurações serão feitas rápida e brevemente pelo sistema “e-notariado”. “O reconhecimento de firma, por exemplo, não mais existirá do ponto de vista físico (assinatura), mas o notário vai dar a chancela de que aquela assinatura (eletrônica) pertence a determinada pessoa. O avanço tecnológico existe, mas a preocupação da sociedade é que ele não esbarre na falta de segurança jurídica. O e-notariado vai avançando junto para que essa segurança jurídica esteja presente”, finalizou o tabelião substituto.

 

Frente Parlamentar da Justiça Notarial defenderá a segurança jurídica em processos de desjudicialização

O presidente da Anoreg-PB, Germano Toscano de Brito destacou como bastante positiva e de grande serventia para a sociedade brasileira a criação da Frente Parlamentar da Justiça Notarial e Registral do Brasil, com a finalidade de defender a garantia da segurança jurídica imediata aos processos de desjudicialização dos procedimentos que funcionam no âmbito do Poder Judiciário.
“A Frente Parlamentar foi lançada na Câmara dos Deputados, na primeira semana de abril, com as assinaturas de algumas centenas de parlamentares, com o objetivo fomentar, de pronto, processos de desjudicialização dos procedimentos, trazendo muito desses processos para dentro da segurança jurídica do corpo notarial e de registro”, disse o tabelião.
Segundo ele, o processo notarial e de registro avança com a tecnologia e traz a possibilidade de processos, hoje morosos na Justiça, serem feitos pelos serviços notariais e de registro com grande rapidez. Germano destacou o envolvimento do deputado federal Rogério Peninha (MDB-SC), na criação da Frente, que teve o apoio de centenas de deputados federais de todo o País.
De acordo com o tabelião, cada vez mais, algumas normas são criadas para garantir segurança jurídica aos processos. “Um grande case de sucesso está relacionado aos divórcios e inventários extrajudiciais”, lembrou. Nesse contexto, ele lembrou que desde 2007, os divórcios e inventários podem ser feitos em cartórios.
E acrescentou: “Eles (os divórcios e inventários) saíram da esfera do Poder Judiciário e, hoje, são feitos em até uma semana”. Os cartórios também podem fazer cobrança de dívidas públicas, antes da competência do Judiciário. “Esses processos têm o intuito da desjudicialização para facilitar a vida do cidadão”, frisou.
A Frente Parlamentar foi criada por iniciativa do deputado federal Rogério Peninha e instalada no último dia 9, na Câmara, em Brasília. Tabeliães e registradores de todo o País participaram do lançamento, que teve o apoio das entidades que representam a categoria em todo o País. A Paraíba foi representada pelo presidente da Associação dos Notários e Registradores (Anoreg-PB) e vice-presidente da Anoreg Brasil, Germano Toscano de Brito.

Cartórios de Registro Civil das Pessoas Naturais agora são Ofícios da Cidadania

O Supremo Tribunal Federal (STF) julgou constitucional a lei que cria os “Ofícios de Cidadania”. Tais ofícios estão previstos lei 13.484/2017, que ampliou uma Medida Provisória, que facultava o registro de uma criança no domicilio da mãe e autorizava os Registros Civis das Pessoas Naturais a funcionar como Ofícios da Cidadania.
Para o tabelião substituto Vinícius Toscano de Brito, a criação dos Ofícios da Cidadania nos Cartórios de Registro Civil, facilitará a emissão de documentos em todo o País, beneficiando, principalmente, as pessoas mais carentes da sociedade. “Antes, os pais eram obrigados a registrar seus filhos nas maternidades onde nasciam”, comentou Vinícius Toscano de Brito.
“Mas o Congresso Nacional entendeu de aumentar a desjudicialização e proporcionar um leque maior de opções para que o mesmo registrador civil possa celebrar convênios com os governos federal, estaduais e municipais para realizar atos próprios do governo em suas dependências”, acrescentou.
Ele lembrou que a eficácia da lei foi suspensa e, agora, o Supremo decidiu que ela é constitucional. “Os registradores civis, agora, estão autorizados por lei, e pelo próprio Supremo, a realizar convênios com os órgãos públicos para que documentos de identidade sejam fornecidos pelos cartórios de registro civil”, reforçou o tabelião substituto.
Os Ofícios da Cidadania, segundo ele, darão a possibilidade para que documentos ou outras atividades próprias de órgãos públicos sejam prestadas por meio de convênios com registradores civis de pessoas naturais.

Informações dos cartórios ao Coaf serão de extrema importância para a sociedade, diz tabelião substituto

Ato que está sendo elaborado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) determinará que os cartórios de todo o País prestem informações ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras. O ato permitirá consulta pública e estabelecerá normas para que os cartórios extrajudiciais possam criar mecanismos para ajudar na execução da lei 12.683, que alterou a lei 9.613 de 1998, que criou o Coaf.
O intuito será assegurar a transparência nos atos produzidos em cartórios para comprovar, por exemplo, que determinada pessoa (física ou jurídica) não esteja envolvida em esquemas de lavagem de dinheiro.
O ato do CNJ regulamentará as duas leis para que os cartórios forneçam informações ao Coaf em relação aos atos suspeitos de lavagem de dinheiro e prática de terrorismo, em casos mais extremos. As informações são do tabelião substituto Vinícius Toscano de Brito. Quais são as operações que os cartórios praticam e que seriam alvo dessas investigações? A esta indagação, ele respondeu que, na parte de notas, seriam as escrituras, dando como exemplo as vendas de imóveis por valores diferentes aos valores de mercado.
“Isso poderia estar gerando uma lavagem de dinheiro”, disse. Também citou escrituras de empréstimos e registro de contratos de empréstimos entre pessoas jurídicas e pessoas físicas, ou entre duas pessoas físicas “que pudessem estar criando uma lavagem de dinheiro, ou encobrindo a chegada do dinheiro a alguém”. Isso tudo feito por meio de contratos lícitos.
Com o ato do CNJ, segundo Vinícius Toscano de Brito, os cartórios passarão a ter a obrigação de informar ao Coaf todas as transações envolvendo escrituras. “Mas isso será muito subjetivo porque passa a ter o olhar do registrador público, ou do tabelião, para verificar se os atos se enquadrariam ou não como lavagem de dinheiro”, frisou.
Transparência
Sobre transparência dos atos, em que há fiscalização da Corregedoria de Justiça do Tribunal de Justiça do Estado, ele disse: “A corregedoria verifica os atos dos cartórios por meios de correições periódicas e extraordinárias para ver se o ato está perfeito. O ato sempre estará perfeito, sendo feito por um notário. Mas a questão é a seguinte: o que está por trás daquele ato”.
Ele citou a Operação Lava Jato, em que se comprovou que muitas vezes foram usados meios lícitos para a ocultação de patrimônio, para transferência de dinheiro entre pessoas jurídicas e físicas e pessoas físicas. “É nisso que os notários e registradores ficarão de olho”, completou.
A proposta do CNJ, conforme Vinícius Toscano de Brito, é de extrema importância para a sociedade. Segundo ele, muitas pessoas acham que o serviço notarial e de registro é burocrático, mas não é. “O serviço proporciona segurança jurídica. O cuidado que o notário vai ter a partir da normatização do CNJ, será dobrado. Além da segurança jurídica entre as partes, a norma trará segurança para a sociedade, de forma que os atos legais não sejam praticados para o desvio de dinheiro público, por exemplo”, finalizou.
O que é o Coaf
O Coaf, segundo o Ministério da Economia, tem como missão produzir inteligência financeira e promover a proteção dos setores econômicos contra a lavagem de dinheiro e o financiamento do terrorismo. Recebe, examina e identifica ocorrências suspeitas de atividade ilícita e comunica às autoridades competentes para instauração de procedimentos. Além disso, o Coaf coordena a troca de informações para viabilizar ações rápidas e eficientes no combate à ocultação ou dissimulação de bens, direitos e valores. E aplica penas administrativas nos setores econômicos para os quais não exista órgão regulador ou fiscalizador próprio.

Câmara Federal instala Frente Parlamentar em da Justiça Notarial e Registral

 

Por iniciativa do deputado federal Rogério Peninha (MDB-SC), a Câmara Federal instala, terça-feira (9), a Frente Parlamentar da Justiça Notarial e Registral do Brasil. A ideia é que a Frente Parlamentar defenda a causa dos cartórios de todo o país, segundo o deputado catarinense, que postou vídeo nas redes sociais convidando os tabeliães e registradores de todo o País para se fazerem presentes durante o lançamento, que tem apoio das entidades que representam a categoria dos tabeliães.
O evento está marcado para às 16h, no Salão Nobre da Câmara dos Deputados, em Brasília. Para o deputado federal Rogério Peninha, “cartório é sinônimo de cidadania, é sinônimo de segurança jurídica, é sinônimo de justiça preventiva”. Para o deputado federal Efraim Filho (DEM-PB), a Frente Parlamentar será um ambiente de integração para discutir a agenda legislativa “de um setor que é importantíssimo para o nosso país e nossa sociedade”.
A Paraíba será representada pelo presidente da Associação dos Notários e Registradores (Anoreg-PB) e vice-presidente da Anoreg Brasil, Germano Toscano de Brito. Ele participará em Brasília das articulações em busca do apoio e da adesão de outros parlamentares da bancada federal da Paraíba à Frente Parlamentar.

 

Paraíba terá Central de Registro de Imóveis

 

A Paraíba ganhará, brevemente, uma unidade da Central de Registro de Imóveis, que já funciona em vários Estados do País. Segundo o tabelião substituto Vinícius Toscano de Brito, a Associação dos Notários e Registradores do Brasil (Anoreg-BR) está firmando convênio com a Anoreg do Distrito Federal para implantar a Central da Paraíba. “Creio que ainda neste primeiro semestre, a Central deverá estar implantada na Paraíba”, previu Vinícius.

A Central, segundo ele, terá como objetivo a intermediação dos procedimentos eletrônicos, como notificações de inadimplentes de operações de crédito e a intermediação de traslados de escrituras de grandes consumidores dessa ferramenta, que geram muitos contratos, a exemplo da Caixa Econômica Federal. “Esses contratos podem ser enviados eletronicamente para os cartórios de registro de imóveis, diminuindo o tempo de análise do cartório”, destacou.

O mais importante em relação à Central de Registro de Imóveis, destaca Vinícius Toscano de Brito, será a parte relacionada à busca de certidões e de matrículas, bem como a questão judiciária. “A partir da implantação da Central, os juízes poderão dar buscas nos imóveis para estabelecer penhoras online e gravar os bens de réus condenados por crimes financeiros. Tudo isso ajuda a população e o Poder Judiciário, de maneira geral”, declarou.

Avanço tecnológico

“A Central vem com o objetivo de economizar tempo e dinheiro em função do avanço tecnológico”, observou, frisando que a Central surge com o objetivo de ser mais uma ferramenta para ser usufruída pela população sem precisar sair de casa. O sistema de centrais, segundo ele, foi criado por lei e tem sido desenvolvido paulatinamente, dependendo da complexidade de cada ato.

“Os cartórios de protesto já trabalham no sistema de centrais. São as Centrais de Remessa de Arquivos (CRA’s). Hoje, o credor não envia mais papel nenhum para o cartório de protesto para cobrar uma dívida. Tudo é feito eletronicamente. O devedor não precisa mais sequer ir ao cartório para pagar um título. Imprime um boleto em casa e paga diretamente no internet banking”, declarou Vinícius Toscano de Brito.

Para ele, “são formas que vão melhorando a atividade de registros para a população”. As Centrais de Títulos de Documento funcionam no endereço www.rtdbrasil.org.br. “E fazem a comunicação entre os clientes e os cartórios de registros para envio de notificações extrajudiciais e contratos, com movimentação zero de papel”, acrescentou. De acordo com o tabelião substituto, os serviços notariais e de registro têm sido demandados no sentido de que deixem a natureza do papel e passem a trabalhar na área eletrônica, “o que já é comum”.